Noites frias atrasam maturação do tomate no campo

Por: Lucas Cecote

A produção de tomate exige um planejamento cuidadoso para garantir alta produtividade e qualidade dos frutos. Entre os vários fatores que influenciam o desenvolvimento da cultura, a temperatura noturna desempenha um papel fundamental. Noites frias podem retardar significativamente a maturação do tomate, afetando prazos de colheita, custos de produção e até mesmo a rentabilidade do produtor.

Como a temperatura noturna afeta a maturação?

O tomate é uma planta sensível ao clima, especialmente às variações de temperatura entre o dia e a noite. Durante a noite, o metabolismo da planta desacelera, e as atividades enzimáticas relacionadas ao amadurecimento são reduzidas. Quando as noites se tornam frias, esse processo é ainda mais lento, prolongando o período necessário para que os frutos alcancem a coloração ideal e a firmeza desejada.

Além disso, o acúmulo de açúcares e pigmentos como o licopeno — responsável pela coloração vermelha — também é prejudicado. Assim, mesmo que os dias sejam quentes, noites frias podem comprometer a qualidade final.

Consequências para o produtor

O atraso na maturação aumenta o ciclo da cultura no campo, o que eleva os custos com manejo, irrigação e aplicações fitossanitárias. Em muitos casos, o atraso na colheita pode coincidir com períodos de maior pressão de pragas ou doenças, exigindo cuidados adicionais.

Outro ponto crítico é o impacto na programação de entrega. Para quem trabalha com contratos fixos ou atende diretamente redes varejistas, atrasos podem gerar penalidades ou perda de mercado. Portanto, é essencial adotar estratégias para mitigar esses efeitos.

Estratégias para reduzir os impactos das noites frias

Embora não seja possível controlar o clima, existem práticas que ajudam a minimizar os impactos das noites frias na maturação do tomate:

  • Uso de coberturas plásticas ou túneis baixos, que ajudam a manter a temperatura noturna mais estável.
  • Escolha de cultivares adaptadas a baixas temperaturas, com maior tolerância ao frio.
  • Monitoramento climático detalhado, permitindo antecipar medidas emergenciais.
  • Ajustes na adubação, principalmente na fase final, para favorecer a maturação.

Ao combinar essas estratégias, o produtor consegue reduzir os atrasos e garantir frutos de melhor qualidade.

Conclusão

As noites frias representam um desafio real para quem cultiva tomate, principalmente em regiões de clima mais ameno ou em períodos de transição de estação. Entretanto, com planejamento, monitoramento constante e adoção de práticas adequadas, é possível minimizar os efeitos negativos e manter a produtividade.

No final, investir em manejo climático é investir em previsibilidade e maior segurança para o negócio.

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