Como diferentes tipos de bioinsumos podem transformar a produtividade agrícola e melhorar a saúde do solo
A princípio, a utilização de bioinsumos na agricultura tem crescido como uma alternativa sustentável aos insumos químicos convencionais. Os bioinsumos são produtos de origem biológica, derivados de microrganismos, plantas e substâncias naturais, que trazem benefícios para a saúde do solo, das plantas e do meio ambiente. Assim, ao promover práticas mais ecológicas e eficientes, os bioinsumos ajudam a aumentar a produtividade agrícola, melhorando a sustentabilidade das lavouras a longo prazo.
Em síntese, neste artigo vamos explorar alguns dos principais exemplos de bioinsumos e suas aplicações no campo.
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1. Biofertilizantes
Antes de mais nada, os biofertilizantes são bioinsumos usados para fornecer nutrientes às plantas de maneira natural. Eles são compostos por microrganismos vivos que promovem a fixação de nutrientes no solo, melhorando a fertilidade e a saúde do solo.
Exemplos:
- Inoculantes de Bactérias Fixadoras de Nitrogênio: Esses bioinsumos, bem como Rhizobium e Azospirillum, ajudam a fixar o nitrogênio atmosférico no solo, transformando-o em formas que as plantas podem absorver. Por isso, são amplamente utilizados em leguminosas como soja e feijão, reduzindo a necessidade de fertilizantes nitrogenados sintéticos.
- Fertilizantes de Algas Marinhas: Produtos derivados de algas marinhas são ricos em nutrientes e hormônios vegetais que estimulam o crescimento das plantas. Assim também, eles melhoram a absorção de nutrientes e a resistência das plantas ao estresse.
Aplicações:
Os biofertilizantes são aplicados diretamente no solo ou nas sementes, proporcionando uma fonte contínua de nutrientes. Eles são ideais tanto para culturas como soja, milho, trigo e pastagens, pois promovem um crescimento saudável e sustentável das plantas. Como também para a fruticultura, pois além de promover o crescimento de maneira sustentável, eles melhoram a qualidade dos solos, reduzem a dependência de fertilizantes químicos, aumentam a resistência das plantas à pragas e doenças, fornecem nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo e potássio, e por consequência, aumentam a produção.
2. Bioestimulantes
Os bioestimulantes são compostos que não fornecem nutrientes diretamente, mas estimulam o crescimento e a resistência das plantas a condições adversas, como seca e salinidade. Da mesma forma que atuam no metabolismo das plantas, melhorando sua eficiência na absorção de nutrientes e água.
Exemplos:
- Ácidos Húmicos e Fúlvicos: Derivados da matéria orgânica decomposta, esses bioinsumos melhoram a estrutura do solo aumentando a absorção de nutrientes pelas plantas. Sendo assim, são amplamente usados em solos pobres em matéria orgânica.
- Aminoácidos: Produtos à base de aminoácidos ajudam as plantas a lidar com estresses ambientais, como por exemplo, temperaturas extremas, e aceleram o desenvolvimento das raízes.
Aplicações:
Em tese, os bioestimulantes são frequentemente aplicados via foliar ou no solo em hortaliças, frutas e grãos, auxiliando no desenvolvimento radicular e na resistência das plantas a condições adversas.
3. Biocontroladores (Bioinseticidas e Biofungicidas)
Por outro lado, os biocontroladores, como bioinseticidas e biofungicidas, são usados no controle biológico de pragas e doenças nas lavouras. Pois ao invés de pesticidas químicos, esses bioinsumos utilizam microrganismos ou substâncias naturais para controlar pragas de maneira ecológica.
Exemplos:
- Bacillus thuringiensis (Bt): Um bioinseticida amplamente usado no controle de lagartas que atacam culturas como milho, soja e algodão. O Bt age de maneira seletiva, atacando apenas as pragas-alvo e preservando os insetos benéficos.
- Trichoderma spp.: Um fungo utilizado como biofungicida no controle de doenças fúngicas, como a podridão radicular e o mofo branco. O Trichoderma é eficaz em uma ampla gama de culturas, como hortaliças, frutas e grãos.
Aplicações:
Os biocontroladores são aplicados diretamente nas áreas afetadas por pragas e doenças, substituindo o uso de produtos químicos. Sua aplicação é ideal em sistemas de manejo integrado de pragas, garantindo um controle sustentável e eficaz das ameaças às lavouras.
4. Compostagem e Adubação Verde
A compostagem e a adubação verde são práticas regenerativas que utilizam resíduos orgânicos e plantas de cobertura que melhoram a saúde do solo. Embora não sejam bioinsumos industrializados, essas práticas são fundamentais para a manutenção da fertilidade e da estrutura do solo.
Exemplos:
- Adubação Verde com Leguminosas: Plantas como feijão-guandu e mucuna são usadas como adubo verde, melhorando a estrutura do solo e fixando nitrogênio. Elas são enterradas no solo antes do plantio principal para enriquecer o terreno.
- Compostos Orgânicos: A compostagem de restos vegetais e dejetos animais fornecem matéria orgânica rica em nutrientes para o solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e a biodiversidade microbiana.
Aplicações:
Por fim, essas técnicas são especialmente eficazes em sistemas de agricultura regenerativa e orgânica, contribuindo para a sustentabilidade das lavouras a longo prazo e evitando a degradação do solo.
Os bioinsumos estão revolucionando a forma como os agricultores manejam suas lavouras, proporcionando soluções naturais e sustentáveis para o aumento da produtividade e a proteção do meio ambiente. Desde biofertilizantes até biocontroladores, esses insumos biológicos não só melhoram a saúde do solo e das plantas, mas também reduzem a dependência de insumos químicos, tornando a agricultura mais eficiente e ecológica.
A Solusolo, pioneira em biotecnologia japonesa para o solo, oferece soluções inovadoras em bioinsumos, ajudando os agricultores a adotar práticas mais sustentáveis e regenerativas.
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