Por: Lucas Cecote
Dessa forma, o avanço da fronteira agrícola sobre áreas florestais gera impactos ambientais severos:
- Perda de biodiversidade: A remoção da vegetação nativa compromete habitats de diversas espécies, levando à redução da biodiversidade.
- Erosão e degradação do solo: Sem a cobertura vegetal, o solo fica exposto à erosão, perdendo nutrientes essenciais para a produção agrícola.
- Redução da capacidade de sequestro de carbono: Florestas são grandes reservatórios de carbono; seu desmatamento libera CO₂ na atmosfera, agravando o aquecimento global.
- Alteração do ciclo hidrológico: A vegetação nativa contribui para a regulação do clima e da umidade; sua remoção afeta os regimes de chuvas e a disponibilidade hídrica.
Agricultura regenerativa como solução estratégica contra o desmatamento
Por isso, a agricultura regenerativa tem como princípio fundamental a restauração da saúde do solo e a maximização da produtividade em áreas já exploradas, reduzindo, assim, a necessidade de conversão de novas terras para cultivo.
Recuperação de áreas degradadas com agricultura regenerativa
Técnicas regenerativas permitem restaurar solos esgotados, tornando-os novamente produtivos. Isso reduz a pressão para desmatar novas áreas e permite que terras anteriormente abandonadas sejam reincorporadas à produção agrícola.
- Uso de adubação verde e cobertura vegetal para melhorar a fertilidade do solo.
- Aplicação de bioinsumos e microrganismos benéficos para regenerar a microbiota do solo.
- Implementação de sistemas agroflorestais que restauram a estrutura do solo e aumentam a biodiversidade.
Agricultura regenerativa aumenta a produtividade sem causar desmatamento
Além disso, com práticas como rotação de culturas, plantio direto e consórcios agroecológicos, é possível produzir mais em áreas já abertas, evitando, assim, a necessidade de expansão.
- Sistemas integrados aumentam a produção por hectare, evitando a abertura de novas áreas.
- A fixação biológica de nitrogênio substitui adubos sintéticos, regenerando o solo.
- Técnicas de irrigação eficiente mantêm colheitas estáveis mesmo em períodos secos.
Agricultura regenerativa e sequestro de carbono: solução para o desmatamento
Por isso, a incorporação de árvores nas lavouras, prática comum na agricultura regenerativa, contribui significativamente para capturar o carbono atmosférico, reduzir a pegada ecológica e, além disso, conservar os ecossistemas.
- Sistemas agroflorestais preservam a vegetação nativa e evitam novos desmatamentos.
- Manejo sustentável protege as matas ciliares e mantém a integridade do solo.
- A cobertura permanente do solo reduz emissões e melhora a captura de CO₂.
Agricultura regenerativa reduz a pressão sobre biomas ameaçados
Desse modo, a adoção da agricultura regenerativa desestimula o avanço agrícola em áreas sensíveis, como Amazônia, Cerrado e Pantanal, promovendo, assim, o uso racional da terra.
- Técnicas agroecológicas aumentam a resiliência e reduzem a necessidade de abrir novas fronteiras.
- Incentivos ao reflorestamento e à regeneração natural valorizam áreas de preservação.
- A intensificação sustentável reduz os impactos da produção sobre os biomas nativos.
Conclusão
A agricultura regenerativa é uma aliada no enfrentamento ao desmatamento, pois alia produtividade, conservação e sustentabilidade. Ao investir nessa abordagem, os produtores contribuem com um modelo agrícola mais equilibrado, resiliente e comprometido com o futuro dos ecossistemas.
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