Por: Diro Hokari
A agricultura moderna, de fato, enfrenta desafios crescentes. Por isso, torna-se essencial buscar soluções que, por um lado, unam produtividade e, por outro, preservação ambiental. Nesse cenário, o controle biológico e a sustentabilidade no agro se destacam, consequentemente, como pilares fundamentais para um sistema mais eficiente e, além disso, regenerativo.
Adicionalmente, o controle biológico reduz, significativamente, a necessidade de defensivos químicos, o que, por sua vez, contribui para a saúde do solo e, igualmente, da biodiversidade. Dessa forma, é possível produzir com responsabilidade e, assim, obter lavouras mais resilientes.
O que é controle biológico?
Em primeiro lugar, controle biológico é o uso de organismos vivos — como fungos, bactérias ou insetos — para combater pragas de maneira natural. Assim, ao invés de eliminar indiscriminadamente todos os insetos, a técnica age com seletividade, preservando, portanto, os inimigos naturais das pragas.
Em suma, trata-se de uma abordagem que respeita os ciclos ecológicos e, ademais, promove o equilíbrio do agroecossistema.
Como o controle biológico favorece a sustentabilidade?
Primeiramente, ele reduz o uso de insumos sintéticos. Com isso, há, consequentemente, menos risco de contaminação do solo, da água e dos alimentos. Além do mais, protege os microrganismos benéficos e os polinizadores, que são, sem dúvida, fundamentais para o sucesso das lavouras.
Em virtude disso, o sistema se torna mais estável e, por conseguinte, menos dependente de intervenções externas.
Controle Biológico e Sustentabilidade no Agro frente às mudanças climáticas
As mudanças climáticas, infelizmente, agravam a incidência de pragas e doenças. No entanto, o controle biológico pode, de fato, ajudar a conter esses efeitos. Isso ocorre porque ele fortalece as defesas naturais das plantas e, simultaneamente, estimula a microbiologia do solo.
Logo, a lavoura se adapta melhor a estresses térmicos, hídricos e biológicos. Em outras palavras, torna-se, notavelmente, mais resiliente.
Exemplos de agentes biológicos utilizados
Entre os mais conhecidos estão, por exemplo, o Trichoderma spp., usado contra fungos do solo, e o Bacillus thuringiensis, que é, aliás, eficaz contra lagartas. Ainda, há fungos como Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, que controlam, efetivamente, diversos insetos-praga.
Além disso, nematoides entomopatogênicos são aplicados para combater larvas do solo, contribuindo, assim, para o manejo sustentável.
Como adotar controle biológico na propriedade?
Antes de tudo, é preciso fazer um diagnóstico fitossanitário da área. Em seguida, recomenda-se, enfaticamente, selecionar agentes compatíveis com a cultura e o ambiente. Também é essencial integrar o controle biológico ao manejo integrado de pragas (MIP).
Por fim, o monitoramento contínuo permite ajustes que aumentam a eficiência da aplicação. Dessa maneira, os resultados tendem a ser, indubitavelmente, mais duradouros.
Conclusão: um agro mais inteligente e regenerativo
Em conclusão, o controle biológico e a sustentabilidade no agro não são apenas compatíveis — eles são, na verdade, complementares. Ao adotar essa estratégia, o produtor colhe, inegavelmente, benefícios agronômicos, ambientais e econômicos.
Com isso, torna-se possível construir uma agricultura mais equilibrada, produtiva e, por conseguinte, preparada para os desafios do futuro.
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