Por: Diro Hokari
Compreender como o pH do solo afeta a disponibilidade de nutrientes é essencial para garantir a O pH indica o nível de acidez ou alcalinidade do solo, com variação de 0 a 14. Solos com pH inferior a 7 são considerados ácidos, enquanto valores acima disso indicam alcalinidade. De modo geral, a faixa entre 5,5 e 6,5 é a mais adequada para a maioria das culturas, pois favorece a solubilidade e a absorção dos nutrientes.
Embora pareça técnico, esse índice tem efeitos diretos sobre o crescimento das plantas. Afinal, ele regula a disponibilidade de nutrientes e o funcionamento da microbiota.
Como o pH do solo afeta a disponibilidade de nutrientes nas lavouras
A forma como o pH do solo afeta a disponibilidade de nutrientes está diretamente relacionada à solubilidade dos elementos. Sempre que o pH se afasta da faixa ideal, parte dos nutrientes se torna indisponível, mesmo que estejam presentes no solo.
pH ácido (abaixo de 5,5):
O fósforo se torna pouco solúvel, enquanto o alumínio e o manganês atingem níveis tóxicos. Além disso, a acidez excessiva inibe a atividade microbiana benéfica.
pH ideal (5,5 a 6,5):
Há maior biodisponibilidade de nutrientes, o que favorece o crescimento radicular e o metabolismo das plantas. Por esse motivo, essa faixa é considerada a mais produtiva.
pH alcalino (acima de 7):
Elementos como ferro, zinco e cobre passam a ter baixa solubilidade, gerando sintomas de deficiência nutricional. Como resultado, culturas mais exigentes tendem a ter menor desempenho.
Portanto, manter o pH em equilíbrio é fundamental para o aproveitamento dos fertilizantes aplicados.
pH do solo e sua influência na microbiologia
Além da nutrição, o pH do solo também influencia o equilíbrio biológico. Microrganismos como bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos são sensíveis ao ambiente químico onde atuam. Em solos muito ácidos ou alcalinos, a atividade desses organismos diminui, comprometendo processos vitais como a mineralização da matéria orgânica.
Consequentemente, o solo perde vigor e as plantas enfrentam maior dificuldade para absorver nutrientes. Isso reforça a necessidade de manter o pH estável para garantir a funcionalidade do ecossistema.
Estratégias práticas para corrigir o pH do solo
Uma vez identificado o desvio no pH, é possível adotar medidas corretivas com base em análises laboratoriais. Entre as principais técnicas utilizadas pelos produtores, destacam-se:
- Calagem: indicada para elevar o pH em solos ácidos, com aplicação de calcário agrícola.
- Gessagem: utilizada em camadas subsuperficiais, especialmente em solos com acidez mais profunda.
- Uso de acidificantes: como o enxofre elementar, eficaz na redução do pH em solos alcalinos.
- Aplicação de matéria orgânica e bioinsumos: que atuam de maneira gradual, promovendo tamponamento e equilíbrio do pH.
Além disso, o manejo contínuo com insumos biológicos ajuda a estabilizar o pH e a melhorar a ciclagem de nutrientes no solo.
Conclusão: por que saber como o pH do solo afeta a disponibilidade de nutrientes é decisivo
Saber como o pH do solo afeta a disponibilidade de nutrientes é essencial para qualquer planejamento agronômico. Mesmo com adubação bem feita, o desequilíbrio no pH pode inviabilizar os resultados esperados. Por isso, o monitoramento constante, aliado a práticas corretivas adequadas, garante maior eficiência nutricional e produtividade sustentável.
Assim, investir no controle do pH é investir diretamente na saúde do solo e no sucesso da lavoura.
Assim, investir no controle do pH é investir diretamente na saúde do solo e no sucesso da lavoura.
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