A agricultura regenerativa tem conquistado cada vez mais espaço como uma solução sustentável e eficiente para o agronegócio. No entanto, a implementação desse modelo em grandes escalas apresenta desafios únicos, que exigem estratégias específicas para serem superados. A transição de práticas convencionais para regenerativas em grandes propriedades agrícolas requer investimentos em infraestrutura, mudança de mentalidade e adaptação de tecnologias às demandas do campo.
1. Barreiras financeiras
A transição para a agricultura regenerativa em grandes escalas pode, portanto, demandar investimentos iniciais significativos. Nesse sentido, isso inclui custos com treinamento de equipes, adaptação de maquinário e implementação de tecnologias específicas.
- Investimentos em infraestrutura: Práticas regenerativas, como manejo de água e cobertura do solo, podem, por exemplo, exigir obras para construir terraços, sistemas de irrigação mais eficientes e áreas de captação de água.
- Adoção de bioinsumos: Apesar de reduzirem custos a longo prazo, bioinsumos podem ter um custo inicial elevado, especialmente em áreas extensas.
Soluções possíveis:
- Parcerias com empresas que oferecem soluções regenerativas, como a Solusolo, que fornece insumos adaptados às necessidades do produtor.
- Linhas de crédito rural específicas para práticas sustentáveis, já disponíveis em algumas regiões.
2. Complexidade logística
O manejo de grandes áreas agrícolas impõe desafios logísticos significativos. Por isso, práticas como o plantio direto, rotação de culturas, bem como a aplicação de bioinsumos precisam ser otimizadas para cobrir extensões maiores de forma eficiente.
- Aplicação de bioinsumos: Garantir que microrganismos benéficos ou compostos orgânicos sejam aplicados uniformemente em grandes áreas é uma tarefa desafiadora.
- Monitoramento: Identificar a saúde do solo e as necessidades de cada parte da propriedade exige ferramentas tecnológicas avançadas.
Soluções possíveis:
- Uso de drones e sensores para mapear o solo e identificar áreas críticas.
- Implementação de máquinas agrícolas inteligentes que aplicam insumos de forma direcionada, reduzindo custos e desperdícios.
3. Resistência cultural e falta de capacitação
Dentre os desafios, adotar a agricultura regenerativa em larga escala exige uma mudança de paradigma entre produtores, técnicos agrícolas e trabalhadores rurais, porque muitas vezes estão acostumados com métodos convencionais.
- Resistência às mudanças: Muitos produtores hesitam em abandonar práticas que já garantem resultados estáveis, mesmo que tenham impacto ambiental negativo.
- Falta de conhecimento técnico: A implementação de práticas regenerativas, como rotação de culturas e manejo integrado de pragas, requer capacitação especializada.
Soluções possíveis:
- Programas de capacitação e demonstração prática, mostrando resultados reais obtidos com práticas regenerativas.
- Parcerias com universidades e centros de pesquisa para desenvolver materiais educativos e estudos de caso adaptados a grandes propriedades.
4. Adaptação de tecnologias convencionais
Embora existam tecnologias avançadas disponíveis para o agronegócio, muitas delas foram projetadas para modelos convencionais e portanto, precisam ser adaptadas às demandas da agricultura regenerativa.
- Máquinas agrícolas: Equipamentos tradicionais podem compactar o solo, dificultando a regeneração.
- Fertilizantes químicos: Muitos sistemas convencionais dependem de insumos químicos que degradam a saúde do solo.
Soluções possíveis:
- Investir em maquinário adaptado, como plantadeiras de precisão e sistemas de pulverização que utilizam bioinsumos.
- Parcerias com empresas inovadoras, como a Solusolo, que desenvolvem produtos regenerativos, como o Kaizen TMT, projetados para aumentar a saúde do solo em grandes escalas.
5. Monitoramento e mensuração de resultados
Por outro lado, uma das maiores dificuldades na adoção da agricultura regenerativa em grandes escalas é medir os impactos e os benefícios das práticas regenerativas no solo, na água e na produtividade.
- Indicadores complexos: A avaliação da saúde do solo, da biodiversidade e do sequestro de carbono exige ferramentas precisas e expertise técnica.
- Resultados de longo prazo: Algumas práticas regenerativas podem levar anos para mostrar todo o seu potencial.
Soluções possíveis:
- Uso de plataformas digitais e sensores inteligentes para acompanhar em tempo real os indicadores de saúde do solo e produtividade.
- Certificações que reconheçam os esforços regenerativos, incentivando a continuidade do modelo.
6. Integração com cadeias produtivas e mercados
Produtos oriundos de sistemas regenerativos enfrentam desafios para se integrarem às cadeias produtivas tradicionais, que muitas vezes não valorizam os benefícios ambientais.
- Falta de reconhecimento: Muitos compradores ainda não distinguem produtos regenerativos dos convencionais.
- Logística de distribuição: Garantir que produtos regenerativos cheguem aos mercados certos pode ser complexo em larga escala.
Soluções possíveis:
- Certificação de produtos regenerativos, agregando valor e criando diferenciação no mercado.
- Parcerias com empresas e redes varejistas comprometidas com sustentabilidade.
7. Enfrentar os impactos das mudanças climáticas
Grandes propriedades agrícolas estão frequentemente expostas a eventos climáticos extremos, como secas, enchentes, bem como temperaturas elevadas, que podem dificultar a transição para práticas regenerativas.
- Perdas iniciais: Durante a transição, os sistemas regenerativos podem ser mais sensíveis a condições climáticas adversas.
- Gestão de riscos: A falta de previsibilidade climática exige planejamento estratégico e resiliência.
Soluções possíveis:
- Práticas como plantio direto e uso de bioestimulantes ajudam a aumentar a resiliência das culturas às mudanças climáticas.
- Monitoramento climático em tempo real e sistemas de alerta precoce.
Conclusão
Adotar a agricultura regenerativa em grandes escalas é um desafio complexo, mas as oportunidades para transformar o agronegócio são imensas. Além disso, reduzir custos, aumentar a resiliência e responder às demandas do mercado por práticas sustentáveis são apenas alguns dos benefícios que tornam esse modelo atraente.
Com o suporte de tecnologias, capacitação e parceiros estratégicos como a Solusolo, a transição para práticas regenerativas pode ser feita de forma eficiente e viável. Enfrentar os desafios da escala não é apenas uma questão de sustentabilidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica para o agronegócio no futuro.